O leilão de uma coleção de supercarros esportivos, realizado pela Bonhams, causou mal-estar com a sueca Koenigsegg, fabricante do modelo One:1 – que integra o lote à venda.

A casa de leilões diz que o veículo, com apenas  370 milhas (595 km) no hodômetro, deverá ser arrematado por algo entre US$ 1,8 milhão e US$ 2,3 milhões (de R$ 6,9 milhões a R$ 8,8 milhões na conversão direta). A estimativa irritou a Koenigsegg, segundo a qual o carro está subvalorizado.

A marca de esportivos acusa a Bonhams de "completa falta de interesse" e alega que o valor de mercado do One:1 é bem maior.

A responsável pelo leilão chegou a revisar o preço após ser alertada pela Koenigsegg, mas os suecos permaneceram insatisfeitos.

A fabricante afirma ter tido a chance de comprar o One:1 antes do arremate, mas a Bonhams teria recusado a oferta –apesar de ser "substancialmente" maior que a estimativa de preço da casa de leilões, de acordo com a Koenigsegg.

"Eles não só recusaram as ofertas, como não as usaram para corrigir sua estimativa", disse a marca.

"Em nossa opinião, isso mostra uma total falta de interesse em fornecer transparência ao mercado e é injusto para o vendedor e para o carro."

O lote do qual o One:1 faz parte pertence a Teodoro Nguema Obiang Mangue, vice-presidente da Guiné Equatorial. A coleção inclui um McLaren P1, um Bugatti Veyron, um Aston Martin One 77 e um Lamborghini Veneno Roadster.

O Koenigsegg One:1 foi lançado em 2014 e teve apenas sete exemplares produzidos, incluindo um protótipo.

O nome do superesportivo é relacionado à relação peso-potência de 1:1. Tem 1 megawatt (1.360 cv) e pesa apenas 1.360 kg.  A potência é extraída do motor 5.0 V8 biturbo.

A fabricante diz que o One:1 sai da imobilidade e atinge os 400 km/h em aproximadamente 20 segundos.