O carro da foto acima, um Citroën C3 foi apreendido pela equipe de busca e apreensão do Comando de Policiamento de Trânsito da Polícia Militar, que atua junto ao Detran-SP. Não foi uma blitz comum, o modelo era procurado pelo enorme prontuário: R$ 10,5 milhões em multas.

De novo: mais de dez M-I-L-H-Õ-E-S em multas.

De acordo com o órgão máximo de trânsito paulista, o C3 pertencente a uma empresa da capital tem 1.390 infrações municipais e estaduais, boa parte delas por excesso de velocidade. Além disso, muitas das multas têm seu cálculo multiplicado porque a pessoa jurídica responsável pelo veículo não indicou o condutor no momento da infração.

Apreendido na Zona Sul da cidade, o C3 não obviamente estava licenciado e deve ir a leilão para ajudar a reduzir parte dos débitos. A questão é o quanto essa medida é eficaz: um carro equivalente (o ano/modelo é 2013, enquanto o exemplar parece ser da versão Tendance, pelo menos) custa cerca de R$ 32 mil segundo a Tabela Fipe. Ou R$ 52.940 se for comprado novo, na concessionária.

Ou seja, se fosse debitado o valor do zero-quilômetro (algo que nunca ocorreria em situação de leilão), ainda restaria uma dívida de R$ 10.447.060. Segundo o Detran, o restante da dívida vai permanecer em nome da empresa proprietária.

Apreensões assim estão se tornando comuns — apenas no final do ano passado foram pelo menos dois casos tão… chamativos. Em novembro, uma picape Chevrolet Montana foi apreeendida com R$ 8 milhões em débito de multas. Em dezembro, foi a vez de uma van Fiat Ducato, cuja empresa deve quase R$ 25 milhões pelas multas com o veículo.

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