Ferrari 458 convertida em viatura quebra e sai de cena na Argentina

A 458 Italia pertencia a um empresário acusado de lavagem de dinheiro

Durou apenas quatro meses a trajetória da Ferrari 458 Italia transformada em viatura policial na Argentina. O superesportivo havia sido confiscado após uma operação de lavagem de dinheiro e convertido para viatura da Prefeitura Naval, divisão policial equivalente à Guarda Costeira.

Segundo informações do "Argentina Autoblog", o carro pertencia ao sindicalista Juan "Pata" Medina e foi confiscada após uma acusação de enriquecimento ilegal por meio de recursos do Sindicato de Metalúrgicos de La Plata. Após obter autorização da Justiça local para utilizar a Ferrari como "símbolo da luta contra a corrupção", o veículo foi apresentado à imprensa em junho de 2018 com direito à caracterização visual e luzes no teto.

Entretanto, o jornal "La Nación" afirma que a Ferrari começou a apresentar falhas de funcionamento e teve problemas no sistema de arrefecimento do motor. Sendo assim, as autoridades decidiram retirá-la de circulação por tempo indeterminado, e a Ferrari está estacionada em um galpão de propriedade da prefeitura de Buenos Aires. "São bens recuperados de operações policiais, mas nem sempre podem ser reproveitados, tornando-se onerosos para o Estado. O bem está sob custódia do Ministério da Segurança e pode ser utilizado, mas não leiloado", informou a Prefeitura Naval em comunicado oficial.

A 458 Italia custava US$ 485 mil quando desembarcou na Argentina em dezembro de 2010. Movido por um motor 4.5 V8 de 578 cv, o carro atingia a velocidade máxima de 325 km/h. Apenas 15 unidades foram importadas para o mercado argentino — e agora uma delas está inutilizada.