Ingleses usam carro autônomo com "olhos" para testar medo de pedestres
Todos os pais ensinam seus filhos pequenos a olhar para os dois lados no momento de atravessar a rua. Quem mora nos grandes centros urbanos de qualquer parte do mundo já tem isso assimilado, quase no automático. Nem por isso a gente deixa de ter medo ao atravessar cruzamentos muito movimentados, né?
E como vai ser essa convivência de petres e carros nos cruzamentos das grandes cidades quando os carros autônomos estiverem rodando por aí, sem motoristas no comando? As pessoas terão ainda mais medo?
Para entender e prever esse tipo de comportamento, o consórcio britânico UK Autodrive — que reúne diversas empresas de tecnologia, autopeças e também fabricantes de automóveis no desenvolvimento de soluções de mobilidade para o Reino Unido — colocou mais de 500 participantes em um laboratório no formato de rua, em Coventry (Inglaterra), para entender a relação entre pedestres, carros autônomos e o medo decorrente da situação.

Conceito Smart Vision EQ: ele, como outros protótipos de autônomos, manda mensagens aos humanos
Uma das soluções propostas pela Jaguar Land Rover em parceria com a Aurrigo para o teste foi colocar "olhos virtuais" nos modelos de testes. Chamados de "Pods" (cápsulas), eles são equipados para captar dados durante o experimento.
Segundo o consórcio, estudos anteriores comprovaram, que até 63% dos pedestres se dizem preocupados com a segurança ao atravessar a rua. A ideia dos "pods com olhos" é dar uma cara amistosa aos carros e passar as sensações de "afinidade" e "segurança" que pedestres ganham ao olhar nos olhos dos motoristas no dia a dia.
Na prática, o que a indústria quer é achar o tipo ideal de comunicação entre modelos autônomos do futuro, usuários (passageiros desses veículos ou de outros carros na via) e pedestres, para garantir que todos confiem na tecnologia, quando ela estiver amplamente ativa.
A ideia de "olhos virtuais" parece esdrúxula à primeira vista? Veículos autônomos tendem a ser mais seguros para outros motoristas e para pedestres que motoristas de carne e osso, mas uma das maiores inseguranças da indústria no momento é que ocorra um "boicote" por parte das pessoas às máquinas. Assim, copiar ações humanas poderia ser uma saída.

Lá em 2011, Audi já testou setas que percorrem toda a lateral, em 360º, para alertam sobre manobras
Outras ideias estão sendo avaliadas por diversos fabricantes, claro. Carros com telas de alta definição que mandam mensagens a pedestres e a outros motoristas, setas mais sofisticadas e que envolvem toda a carroceria, sistemas de alerta sonoro. O importante é que pessoas e máquinas convivam no ambiente urbano da forma mais pacífica — ou seja, sem acidentes — possível.
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