Conheça o Toyota Century, carro usado pela família imperial do Japão
Japoneses são ávidos compradores de modelos luxuosos europeus e é fácil encontrar esportivos e sedãs de Mercedes-Benz, BMW, Bentley e até da Rolls-Royce por aqui. Mas eles também são cerimoniosos e respeitadores e sua tradição e, nesse ponto, nenhum outro carro é páreo para o Toyota Century.
Essa limusine foi criada em 1967 para atender à família imperial, bem como a chefes de estado (premier e ministros) e altos executivos locais.
É tanta tradição, que o carro só foi atualizado uma vez de lá para cá, em 1991. Desde então, é vendido até hoje pelo mesmo preço, o equivalente a R$ 450 mil. Agora, no Salão de Tóquio, a marca revelou o conceito de sua 3ª geração. Mas se você olhar com atenção, nem vai perceber que não se trata de um carro de luxo dos anos 1970.
Tudo é feito a mão: artesãos-mecânicos da Toyota alisam o metal da carroceria com martelinho e lixas especiais, em trabalho paciente e meticuloso.
Apenas quatro cores estão disponíveis. Sete camadas de pintura, além do polimento, também são feitas manualmente — seu carro usa de três a cinco camadas de tintas e vernizes, quase sempre aplicadas por robôs.
Uma fênix dourada serve de símbolo especial para o modelo — o Century não usa o "T" arredondado da Toyota. O emblema é moldado cuidadosamente antes de ganhar a grade frontal.
Por dentro
No interior, nada de couro, cuja textura é incômoda à elite japonesa: as quatro poltronas individuais são revestidas de lã especial e se reclinam quase como espreguiçadeiras. Nos painéis, são dois tipos de madeira — nada de metal, que é frio demais. No total, são 5,30 metros de um para-choque a outro, com 3,09 m de entre-eixos.
Todo visual é simples, a própria Toyota admite, mas os detalhes (como flores em alto relevo aqui e ali) mostram que nada no Century pode ser definido superficialmente.
Nessa nova geração proposta pelo conceito, a frente muda pouco e passa a lembrar vagamente alguns Rolls-Royce atuais. Nas lanternas, porém, tudo segue quase impassível, embora com cores atualizadas.
Novidade, de fato, está na adoção de algumas telas de entretenimento para os bancos traseiro, mas nada muito "hi-tech". E no motor: sai um V12 dinossáurico que gerava só 275 cavalos, entra um V8 de 5 litros híbrido, que pode entregar 396 cv e entregar toda essa potência às quatro rodas.
Quando chega às garagens imperiais? A Toyota não entrega a informação, mas ninguém na elite é apressado e o carro não tem a urgência das lojas, já que entrega no máximo 600 unidades ao ano, em momentos mais… agitados.
*Viagem a convite da Anfavea
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