Espanha já tem até "disputa" de carros elétricos compartilhados
No Brasil, carro elétrico ainda é uma daquelas raridades que atraem olhares desconfiados. E o compartilhamento de carros é um movimento que começa a surgir, mas ainda timidamente. Na Espanha, porém, a junção dos dois serviços pega fogo e gera disputa de marcas.
De um lado, temos o Emov, criado há apenas cinco meses pela francesa PSA Group (Peugeot-Citroën) junto à espanhola Eysa para alugar o pequeno elétrico Citroën C-Zero por minuto. Já são mais de 100 mil usuários. De outro, a "veterana" Car2Go, da Mercedes-Benz, que ostenta 166.000 assinantes usuários da frota de 500 carros Smart Fortwo elétricos de primeira geração.
Foras o duelo, há a previsão da Renault e da espanhola Ferrovial negociarem a criação de uma terceira operadora de carros elétricos compartilhados em Madri, disse Thierry Koskas, diretor de vendas e marketing da Renault à agência "Bloomberg".
Por que tanta procura?
Porque o governo de Madri incentiva o serviço: os elétricos compartilhados podem circular em zonas restritas e estacionar praticamente em qualquer lugar gratuitamente. Assim, o preço para usar o serviço pode ser reduzido. Quem aluga um Car2Go na cidade paga 21 centavos de euro (R$ 0,80) por minuto, contra 24 centavos em Berlim e 29 centavos em Stuttgart (Alemanha) e 31 centavos em Amsterdã (Holanda). Assim, Madri tem a taxa de uso mais alta dentre as 26 cidades onde o Car2Go opera.
Para fabricantes de automóveis o negócio pode não ser tão lucrativo, mas acaba sendo mais vantajoso que deixar espaço aberto para operadoras de carona como Uber. No mundo, serão 16 milhões de usuários ainda este ano, chegando a 44 milhões em 2025, segundo dados da Frost & Sullivan.
Alguns estudos e analistas já apontam que, no futuro breve, muitos donos de automóveis podem se desfazer de seus carros ou adiar uma nova compra conforme a disponibilidade dos serviços de compartilhamento crescerem.
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