Range Rover Evoque aprende a contar até nove; e nos surpreende novamente
Foto: Divulgação
O Range Rover Evoque é revolucionário por uma série de motivos.
Primeiro por ser peça fundamental dentro da estratégia de sobrevivência da Land Rover no mundo contemporâneo: a marca precisava de um carro atual, estiloso e divertido de guiar o bastante para atrair novos consumidores (avessos ao tradicionalismo exagerado da gama de jipões ingleses, considerados quadrados demais, em todos os sentidos), sem deixar de instigar os clientes fieis.
Deu tão certo (releia nosso teste com o carro), que o novo Range Rover Vogue, o topo da linha, é inspirado no próprio Evoque.
Segundo porque sua versão de produção deu aula de design ao ganhar as ruas sem dever nada (pelo contrário, ficou até melhor) ao conceito que fez sucesso nos Salões que antecederam seu lançamento.
E na última quarta-feira (27), a marca confirmou o caráter de sua cria com uma nova primazia: o Evoque vai estrear, no Salão de Genebra (que acontece entre 7 e 17 de março), um câmbio automático de nove marchas. Atenção: é automático, mesmo, com conversor de torque e tudo, não automatizado (que tem embreagem, às vezes mais de uma, movimentada mecanicamente, e ainda está na casa das sete marchas). Pois bem, ele será o primeiro carro em série do mundo a ter este tipo de transmissão.
O sistema, para não variar, foi desenvolvido pela empresa alemã ZF (especialista em transmissões e que fornece tecnologia para diversos fabricantes) em sua unidade da Carolina do Sul, nos Estados Unidos. É a mesma casa que desenvolveu o câmbio de oito marchas usado atualmente por Volkswagen (Amarok), Chrysler (300 C), BMW (em praticamente todos os carros, desde o Série 1) e pela própria Land Rover (Freelander, Discovery etc).
Foto: Murilo Góes/UOL
Primeiro o Evoque mostrou que é bonito e sabia voar; agora, conta até nove
PRECISA DE TUDO ISSO?
Olhe para o carro aí na sua garagem. É automático? De quantas marchas? Boa parte das marcas presentes no Brasil ainda só sabe contar até quatro. Mas o resto do mundo sabe que quanto mais melhor: quanto mais alta a marcha, menor é o regime de rotações em que o motor trabalha e maiores os benefícios. Baixo consumo de combustível, baixos níveis de emissão de poluentes, menos ruídos, menor vibração… e maior disposição em saídas, retomadas e momentos de mais uso de força.
Este é o apelo que a Land Rover usa para promover o novo câmbio no Evoque. "O carro terá significante melhora no consumo de combustível e redução de CO2", confirma o comunicado, que avisa ainda que as relações de marcha mais curtas corresponderão a melhores reacelerações do SUV e maior força, sem fazer mais barulho.
Mas a nova caixa deve ser um trambolho, não? Errado! O conjunto é maior, mas quase nada, 6 mm a mais. Mas é mais leve, em 7,5 kg, que o atual câmbio do Evoque, que tem apenas seis marchas.
Até pouco tempo atrás, muitos pensavam que as seis marchas eram o limite para os câmbios automáticos. Mas isso já foi desmentido por três vezes. Até onde a tecnologia pode chegar e nos ajudar a derrubar paradigmas, consumo e emissões? (André Deliberato, Eugênio Augusto Brito)
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