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Bugatti Veyron faz todo mundo ser pobre

UOL Carros

30/10/2010 14h29

EUGÊNIO AUGUSTO BRITO
Da Redação

Tudo bem, você leu sobre o Koenigsegg CCXR e sobre o Lamborghini Gallardo Superleggera, viu as fotos da Ferrari 599 GTO e morreu de inveja de quem tem carteira (e garagem) grande o suficiente para desfilar com um? Pois saiba que ao menos um carro de rua exposto no Salão do Automóvel deixa todo mundo igualmente pobre: Bugatti Veyron Grand Sport.

E que tal pagar 1,5 milhão de euros, sem incluir as taxas e adicionais de personalização? (E fica o aviso: praticamente tudo no bólido é personalizável). O valor em reais com taxas e impostos poderia chegar a cerca de R$ 8 milhões.

Eugênio Augusto Brito/UOL
Acima, os 4,46 m do Bugatti Veyron Grand Sport. Ou quase R$ 18 mil por centímetro de carro

Ok, você também viu aqui em UOL Carros que o Pagani Zonda R custa 1,7 milhão de euros (lá na Europa, sem poder desembarcar por aqui) ou R$ 10 milhões se viesse ao Brasil pelas mãos do importador exclusivo. Mas aquele é um carro de corrida, proibido de desfilar na rua (o dono não poderia mostrá-lo aos amigos de bar), sem qualquer conforto e com o visual já determinado (o comprador não poderia mudar uma linha do pesponto do revestimento).

Quanto ao Veyron, tudo é customizável se você puder pagar: enquanto me informava sobre o carro, John Hill, diretor de vendas para as Américas, contou que se eu quisesse encomendar uma unidade (hipotéticamente, claro) poderia pedir a cor do interior em qualquer um dos tons de azul que formavam as listras de minha camisa. Sim, muitos dos poucos compradores desse Bugatti ao redor do mundo combinam a cor do carro ou de seus bancos com o papel de parede da sala, a cor dos olhos da mulher, a tonalidade da grama do jardim do vizinho… até 99 combinações podem ser utilizadas para produzir a coloração ideal.

Ideal também, no caso do Grand Sport, é o titânico motor de 8 litros a gasolina com seus 16 cilindros em W capaz de produzir absurdos 1.001 cavalos de potência e mastodônticos 127,5 kgfm de torque, suficientes para levar todos os 1.968 kg do conjunto aos 431 km/h, não fosse barrado pelo limitador aos 407 km/h (dizem as más línguas que é para manter o motor com todos os pistões no lugar, mas a explicação oficial fala em cuidado com os pneus). Sem o teto (o Grand Sport é do tipo targa — conversível com capota removível), o limite cai a 360 km/h e sob chuva, com uma espécie de guarda-chuva gigante sobre os ocupantes, a 160 km/h. Só o consumo de 2,3 km/l já poderia levar muitos à falência (o tanque de combustível comporta 100 l).

Tem plástico nesse carro? "De plástico aqui, só o botão da trava dos cintos de segurança e as lentes dos repetidores de seta dos retrovisores", garante Hill, levemente desgostoso com a insolência do questionamento, não sem dar o troco na sequência: "Fora isso, temos grades de titânio, portas e teto de carbono, interior estruturado com magnésio e alguns componentes essenciais em alumínio".

Com tudo isso, qual a expectativa de vendas da marca francesa (que pertence ao grupo Volkswagen) para o Brasil? "Não trabalhamos com números, estamos aqui porque o país no seu atual momento tem um grande potencial de nos dar visibilidade em toda América do Sul. Não acredito que precisemos vender algum", afirma sem qualquer vacilo o executivo. Nenhumzinho, nem em dois ou três anos? "Não esperamos isso. Pode até ser que ocorra, mas estamos aqui apenas para mostrá-lo e é o que queremos".

Viu só? Pode espalhar por aí: você não tem um Veyron, mas pelo visto aquele figurão também não terá.

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