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Audi A7 Sportback repete fórmula do A5 para pegar CLS

UOL Carros

05/10/2010 07h47

CLAUDIO DE SOUZA
Editor de UOL Carros, enviado especial

A Audi apresenta no Salão de Paris o A7 Sportback, que, como diz o nome, fica posicionado entre o A6 (sedã grande) e o A8 (sedã de luxo) na gama da marca alemã. Como curiosidade, vale notar que é a primeira vez que a Audi preenche este espaço numérico — agora seus carros vão do 1 (aliás, lançado este ano) ao 8, pulando apenas o 2, que designava uma minivan extinta em 2005.

O A7 tem a mesma proposta do A5 Sportback: unir num mesmo carro as funcionalidades de um sedã, um cupê e uma station wagon. Só que num corpo maior: são gigantescos 4,97 metros de comprimento, e com uma altura de apenas 1,42 metros (2 cm menos que o Honda Civic, por exemplo). O A5 tem "míseros" 4,71 metros…

Para cumprir a proposta de misturar três tipos de carro num só — e, é claro, ameaçar a supremacia do Mercedes-Benz CLS como padrão dos cupês de quatro portas –, o A7 Sportback repete o truque do A5: tem uma enorme tampa do porta-malas, que incorpora uma também enorme janela traseira. Isso garante uma capacidade de bagagem de 535 litros (1.390 litros com rebatimento), típica de uma station, ao mesmo tempo em que oferece uma visibilidade à ré digna de um sedã. O lado cupê do A7 fica por conta da traseira curta e descendente e das janelas laterais sem molduras.


Audi A7 traz megatampa traseira para emular predicados de station wagon
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A tampa do porta-malas (eu não disse que era grande?) incorpora ainda um defletor de ar que se ergue automaticamente quando o carro atinge 130 km/h (ou seja, nunca, se for dirigido no Brasil com respeito às leis de trânsito) e se recolhe quando volta a 80 km/h.

Quanto à tecnologia, o A7 vem de fábrica com um avançado sistema multimídia, cuja conexão à internet (via Bluetooth) permite mapeamento de percursos usando o Google Earth; outro gadget interessante é um display head-up, que projeta os dados da condução no para-brisa — mas este é opcional.

Se a questão for segurança, o A7 possui um sistema de detecção de colisão iminente, que, pela descrição da Audi, se assemelha ao da Mercedes-Benz: se houver perigo de bater, vidros e teto solar se fecham automaticamente, entre outras coisas. Também é opcional. Mas o Audi Drive Select, que permite ao motorista escolher parâmetros de dirigibilidade (como o ajuste da suspensão) é de série.

Sob o capô o A7 Sportback oferece quatro opções de motores V6: duas a gasolina e duas a diesel (estas não podem ser importadas para o Brasil). Todos possuem recuperação de energia (como o Kers da Fórmula 1) e start-stop. Os propulsores a gasolina são o 2.8 FSI (injeção estratificada de combustível) de 204 cavalos de potência e 28,6 kgfm de torque, e o 3.0 TFSI de 300 cv, 44,9 kgf. O primeiro leva o carro a 235 km/h de máxima, e o segundo, a 250 km/h.

A tração integral quattro é de série, e o câmbio é o S-tronic de dupla embreagem e sete velocidades. No caso, um olé no primo menor: o A5 vendido no Brasil tem tração simples e um câmbio automático de oito velocidades que não chega a ser brilhante.

Agora é esperar a chegada do carro ao Brasil, o que não deve demorar muito devido à agilidade da Audi verde-amarela. Na Europa o A5 Sportback deve custar em torno de 61.500 euros com o motor 3.0, ou cerca de R$ 141 mil (a versão 2.8 parte de 53.900 euros, ou R$ 124 mil). Multiplique por três o valor do 3.0 para chegar ao futuro preço dele, aproximado, no Brasil: R$ 420 mil.

Foto: Murilo Góes/UOL

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