Novo VW Passat chega ao Brasil entre abril e junho de 2011
CLAUDIO DE SOUZA
Editor de UOL Carros, enviado especial
Na véspera da abertura do Mondial de l'Automobile para a imprensa, nesta quinta-feira (30) pela manhã, o grupo Volkswagen fez uma apresentação resumida de suas principais atrações no evento parisiense.
Uma das coisas mais interessantes a respeito dessa megaempresa — que quer ser a maior fabricante mundial de automóveis até 2018 — é como ela consegue conciliar marcas tão diferentes quanto a espanhola Seat, de duradoura (e hoje injusta) má fama no quesito confiabilidade, e a francesa Bugatti, especialista em supercarros absurdos como o Veyron Supersport, que vai de 0 a 300 km/h em 14,6 segundos. Sim, de zero a TREZENTOS.
Como numa sociedade de castas à moda europeia, o grupo se divide entre o "povão", para o qual existem as marcas Seat, Skoda (República Tcheca) e a carro-chefe Volkswagen; a classe média, com a Audi; e os endinheirados, o chamado "andar de cima", com Bentley (para aristocratas), Bugatti (para bilionários), Porsche e Lamborghini (para playboys de todas as idades). De certa forma, o grupo emula a General Motors dos áureos tempos nos Estados Unidos — só que em escala continental.
No evento desta quarta-feira, cada uma das marcas do grupo exibiu um modelo, de produção ou conceitual. Os destaques — para citar os três mais urgentes — foram o novo VW Passat, o Audi Quattro Concept e o protótipo superesportivo Lamborghini Sesto Elemento.
Passat 2011 ganhou a frente nova da Volks — e perdeu personalidade
O Passat renovado (é a sétima geração do modelo, que já vendeu 15 milhões de unidades em todo o mundo) traz uma variação da nova dianteira da Volks, já conhecida no Brasil com o Fox e a SpaceFox. No caso, foi apropriada do Phaeton, o sedã superluxo da marca alemã que ganhou novo fôlego devido ao mercado chinês. Basicamente, isso significa que as barras horizontais da grade frontal, alinhadas aos faróis de cortes duros e retilíneos, são quatro. As lanternas traseiras abandonaram os elementos redondos e trazem quatro pontos de luz cada uma. À primeira vista, o carro perdeu personalidade.
Na Europa, o Passat (também disponível na carroceria station wagon) terá três versões de acabamento, além de uma quarta opção com pegada esportiva, preparada pela divisão R da marca. Sob o capô, dez opções de motorização, usando gasolina, diesel, gás e etanol (na mistura E85). Como recheio, a Volks oferece um pacotão de tecnologia voltado à dirigibilidade, à segurança e ao conforto.
O novo Passat chega ao Brasil entre abril e junho de 2011. O novo Jetta — que também tem pretensões acima de seu segmento — vem antes, ainda no primeiro trimestre.
Lá vem o Quattro Concept, descendo a ladeira: será que vira carro?
O Quattro Concept, que comemora os 30 anos da tração integral quattro, patente da Audi, é o esboço de um cupê esportivo compacto de duas portas. Na prancheta da Audi, o eventual futuro carro teria uma unidade de força capaz de gerar pouco mais de 400 cavalos de potência, com o trabalho de cinco cilindros em linha, em vez dos seis em V do primeiro modelo com essa tração. Vale lembrar que os carros menores e mais baratos da Audi, como o A1 e o A3, têm apenas tração dianteira.
Por fim, vale uma palavrinha sobre o Sesto Elemento, que a Lamborghini vinha vazando aos poucos na internet e que finalmente foi confirmado para o Salão de Paris.
De frente ele é um típico Lambo, mas visto por trás parece mesmo é um foguete. Sua construção em fibra de carbono — a pesquisa de materiais foi feita numa universidade de Seattle (EUA) que trabalha com a Boeing — garante um peso ligeiramente inferior a uma tonelada, otimizando a relação peso/potência, que ficaria em 1,75 kg para cada um dos cerca de 570 cavalos produzidos pelo motor V10 de 5,2 litros.
Eis o Lambo Sesto Elemento; presume-se que seja a fibra de carbono…
É como diz um "manifesto" da Lamborghini, entregue aos jornalistas durante o evento: a velocidade máxima que um superesportivo pode atingir vem perdendo a importância nos últimos anos, já que todos passam dos 300 km/h e essa é uma marca impensável até mesmo numa pista de corrida. Por isso, o que interessa agora é "design, dirigibilidade e aceleração".
É uma maneira elegante de admitir que os supercarros simplesmente não podem mais enxugar gasolina e poluir o ambiente ao bel prazer de seus endinheirados donos…
Nenhum dos carros exibidos pelo grupo Volkswagen teve preço divulgado.
Fotos de Murilo Góes/UOL
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