Brasileiro compra carro sem testar e uso da internet cresce na escolha
O brasileiro tem comprado cada vez mais carros (foram 3,6 milhões de unidades em 2012 e, neste ano, 1.707.633 unidades só no primeiro semestre, número que nos faz caminhar a novo recorde histórico), mas ainda abre mão de um comportamento fundamental para a boa escolha: 51% dos compradores de automóveis zero-quilômetro deixa de fazer o test-drive, segundo pesquisa divulgada nesta segunda-feira (1º) pela consultoria J. D. Power.
Foto: Manu Fernandez/AP
Brasileiro abre mão de testar carro antes de comprar carro novo;
conversa com amigos e pesquisa na internet ajudam a definir processo
Falta de oportunidade (a loja não oferece) ou mesmo de tempo e/ou vontade (o consumidor não pede) foram citados como principal motivo para que o comprador abra mão de testar um carro antes de colocá-lo na garagem, segundo o levantamento feito após 3 mil entrevistas online, entre os meses de abril e maio deste ano, com pessoas que compraram carro novo há até 7 meses.
Embora a pesquisa não faça ligação direta entre os fatos, é no mínimo curioso notar que apenas 8% dos compradores considera a confiablidade/durabilidade do carro como fator mais importante na hora de escolher um modelo novo. Em geral, o brasileiro prefere definir sua compra pela facilidade em pagar a conta diretamente ou por financiamento (9%) e se mantém fiel à marca se a experiência anterior for boa (11%).
COMO ESCOLHEM
É bom notar que esta pesquisa indica hábitos de uma parcela provavelmente mais elitizada do país: 84% dos entrevistados comprou um carro novo para substituir o anterior ou colocar um novo modelo na garagem. É ainda um público com acesso frequente (se não "full time") à internet e a aparelhos que permitem estar online o tempo todo, até mesmo no momento em que se vai a uma concessionária.
Com isso, acabam chegando à loja com opinião quase sempre formada. Para fundamentar a decisão, apelam principalmente à opinião de amigos e parentes (45%) ou pesquisam na internet (43%). Quando estão conectados, pesquisam em mecanismos de busca como o Google (69%), sites das marcas (50%), sites especializados em carros (42%), de lojas (37%) e leem opiniões postadas em redes sociais (21%).
No "mundo real", são ouvidos ainda outros donos do modelo que se pretende comprar (27%) e, claro, vendedores e funcionários/dono de concessionárias (23%).
Como se viu, há fidelidade (e, por consequência, confiança) à marca, mas não à loja: só 34% voltaram a comprar na mesma concessionária. Na lista de fatores listados como importantes no momento da compra, o processo de venda e entrega são listados como fundamentais por 27% das pessoas entrevistadas, ao passo em que 23% apontaram as instalações da loja e 22% a maneira como esta lida com o negócio de forma geral.
Em tempo: UOL Carros acredita na troca de informações sobre carros e, claro, no crescimento da internet neste processo, mas faz questão de alertar: num mercado em crescimento e com potencial para seguir em alta, mas ainda dominado por carros inseguros e incompletos, é fundamental dirigir e conhecer bem o carro antes da compra. Faça valer seu direito, sua vontade e seu dinheiro. (Do UOL, em São Paulo/SP)
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