CQD: até do metrô quem tem grana está fugindo
O post anterior, falando da provável debandada de passageiros dos ônibus assim que lhes for possível comprar uma moto ou um carro, foi escrito e publicado antes de a Folha de S.Paulo desta segunda-feira (6) noticiar que, entre 2001 e 2012, caiu fortemente o número de usuários do metrô de São Paulo com renda mensal a partir de quatro salários mínimos.
Em 2001, 54% dos passageiros dos trens subterrâneos paulistanos ganhavam a partir de 4 mínimos, valor que hoje equivale a cerca de R$ 2.700. Os demais 46% tinham renda abaixo disso. Ou seja, a maioria ganhava mais do que a minoria e o perfil do usuário era de classe média e média-alta, gente que muito provavelmente desde 2001 podia ter carro.
Em 2012, o percentual caiu a menos da metade: apenas 25% dos passageiros ganham mais que R$ 2.700.
Os movimentos são os seguintes: 1) gente que não andava de metrô porque não tinha grana passou a andar, engrossando os atuais 75% mais pobres; 2) gente que estava nos antigos 54% mais ricos se cansou do mau serviço e foi procurar outro meio de transporte (apostamos que 99% optaram por um veículo particular).
Vale lembrar que, em países desenvolvidos e com boa malha ferroviária subterrânea e urbana, TODO MUNDO anda de metrô — seja pobre, seja classe média, seja rico. Exemplos óbvios são Londres e Paris.
Por quê? Porque é rápido, bom e barato.
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