Já tem saudades do i30 2.0? Consumo é mais uma razão para isso

Um amigo de UOL Carros telefona e diz, exultante: "Meu carro bebe pouco!"

Ele é dono de um Hyundai i30 10/11, manual, ainda pouco rodado (menos de 10 mil km) e muito bem-cuidado — no estilo "pneus calibrados uma vez por semana".

Pois esse amigo disse que, numa viagem ao interior de São Paulo, pegando as rodovias dos Bandeirantes, Anhanguera, Dom Pedro I e Adhemar de Barros, todas com trânsito livre, boas condições de piso e velocidades máximas entre 90 km/h e 120 km/h, o hatch médio cravou excelente consumo de 14 km/litro de gasolina. "E com o ar ligado forte!"

Qual o segredo? Um deles tem a ver com um dispositivo já bem comum em carros acima de R$ 55 mil, mas que pouca gente sabe usar: o cruise control, ou piloto automático. Que, ao contrário do que você pode ouvir por aí, também está disponível em carros de câmbio mecânico.

Nosso amigo "setava" a velocidade de cruzeiro na máxima de cada via, ou uns 5% acima para compensar a variação para menos do velocímetro, e então usava o pé direito apenas para frear, quando necessário. A velocidade ideal era então retomada com o apertar de uma tecla.

Com velocidade constante e 100% dentro da lei, o motor 2.0 do i30 trabalhou de modo confortável e agradeceu com essa estupenda média de consumo.

Esqueça tamanho e potência. O novo i30 tem motor 1.6 flex e isso não é necessariamente ruim só porque os números são menores.

Mas, no embate do consumo, até nisso o velho i30 de 2 litros pode deixar saudade: testado pelo Inmetro no programa de etiquetagem veicular para 2013, o HB20 dotado do mesmo motor Gamma da nova geração do hatch médio obteve 12,7 km/l de média de consumo na estrada, com gasolina. O i30 (não testado, e cujo motor é deixado fora dos anúncios) é mais pesado e vai, certamente, beber mais. Com a palavra, a Hyundai CAOA, que ainda não empresta carro para a imprensa experimentar.

PS — "Amigo" é modo de dizer, mas a história acima é 100% verdadeira.