GM e PSA cancelam fábrica que nunca existiu
Na semana de 20/5, a revista Veja publicou uma nota afirmando que General Motors e PSA Peugeot Citroën ergueriam uma fábrica partilhada no Brasil. A unidade seria o primeiro fruto local da aliança dos dois grupos automotivos, anunciada em fevereiro.
Na segunda-feira (21/5), UOL Carros procurou pessoas ligadas às duas companhias, que negaram a informação ou recusaram-se a comentar o que chamaram de "rumores". No entanto, alguns insiders da indústria sugeriram que uma fábrica GM/PSA no Rio de Janeiro não seria exatamente uma supresa. Nossa reportagem está aqui.
Além disso, em recente entrevista concedida em Detroit (EUA), o chefão da GM North America lambuzou-se de mel para falar da PSA, como se pode ler aqui.
Quase um mês depois da primeira informação sobre a fábrica conjunta, sites parceiros de UOL Carros, como o Carsale e a Car and Driver, notam que a mesma Veja agora publica que a unidade, que nunca existiu, foi cancelada. Motivo: a crise financeira global que assola a Europa e ainda machuca os Estados Unidos.
Ora, a crise global — se não nos falha o raciocínio — seria justamente o principal motivo para que GM e PSA apostassem suas fichas no país bola-da-vez: o Brasil. Por que cancelar a fábrica que nunca existiu devido à crise que se quer contornar exatamente com a fábrica que nunca existiu?
E, convenhamos, 1 bilhão de euros — montante citado como investimento na eventual operação no Brasil — é um valor irrisório perto do que a aliança pretende poupar com as ações conjuntas: cerca de 2 bilhões de euros anuais já a partir de 2015.
Enfim: às vezes é difícil entender o que acontece na indústria automotiva (a própria aliança GM-PSA é um exemplo). Mas certamente é mais difícil entender o que não acontece.
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