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Leitores de UOL Carros contam suas histórias com a Kombi

UOL Carros

19/12/2011 18h17

Marco automotivo e elo perdido do mercado brasileiro, a van Volkswagen Kombi chegou aos 61 anos de produção no Brasil com cerca de 1,5 milhão de unidades fabricadas e até um livro — "Kombi", da série Clássicos do Brasil — publicado.

Com tanta estrada, é claro que a Kombi fez parte da vida de muitas pessoas pelo país. Assim, UOL Carros pediu que seus leitores enviassem suas histórias a bordo do utilitário. Recebemos alguns bons relatos no e-mail vocemanda@uol.com.br, que publicamos agora.

Muitos cresceram dentro da Kombi: uns aprenderam a dirigir ao volante da perua e a usaram para desbravar o Brasil de norte a sul, enquanto outros passaram vergonha frente aos amigos por conta do ruído peculiar do veículo. Muitos compartilharam viagens com famílias, amigos e até desconhecidos, todos juntos dentro do furgão, sempre com espaço amplo para passageiros e carga. Há até quem tenha modelos raros, como a Kombi trailer (a Kombi Safari, projetada pela Karmann Ghia) ou a Kombi 4×4 (acredite se quiser).

Tem até quem chegou a casar a bordo da "Kombosa", ideia que se parece absurda foi boa o suficiente para ser repetida: no álbum de fotos, você verá detalhes das histórias de Marco e Mônica, que se casaram em 2010 tendo a Kombi como terceiro elemento da história de amor, e de Luciana e Maurício, que repetiram a dose com uma Kombi cor-de-rosa há pouco mais de um mês.

FIGURAS CONHECIDAS
Um dos "causos" mais divertidos, porém, é o de Marcos Mazzitelli, de Santos (SP): o pai de Marcos comprou uma Kombi ano 1965 da Codesp (companhia estadual paulista responsável pelas docas), e a utilizava para fazer carretos e corridas ("lotação" e fretamento) para aumentar o orçamento e criar a mulher o os quatro filhos. "Meu pai utilizava também para outros trajetos, conduzia os amigos de repartição como se fosse uma carona personalizada".

Com a alta demanda, o pai de Marcos comprou outras duas Kombi, uma 1972 e outra 74. À "original" coube a tarefa de transportar apenas a família: "Nos finais de semana, era sempre idolatrada por toda a família. Muitas vezes os amigos convidavam meu pai para pequenos trajetos, levar uma mesa, os garçons para um churrasco".

No Carnaval dos anos 1970, a Kombi era o clube da criançada: "Os amiguinhos da rua se juntavam para dar voltas no quarteirão com bisnagas, confetes e serpentinas. Era uma loucura, pois o carro ia lotado e como não tinha janelas traseiras, o porta mala ia aberto e a meninada fazia uma grande festa".

Com quase 18 anos, Marcos teve as primeiras aulas de direção ao volante da perua. "Depois, com a carta de motorista, meu pai emprestava a Kombi nos finais de semana. Os amigos sempre me  perguntavam: 'Vamos sair com a Arca de Noé?' A perua ia e voltava sempre cheia, com muitos garotos fazendo muita algazarra".

Mas nem todas as pessoas transportadas pela "Arca" eram conhecidos da família à época. Segundo Marcos, o tempo passou depressa e alguns nomes contados pelo pai foram "se tornando figuras conhecidas" com o passar dos anos: "Eu era muito pequeno e ouvia nomes como Chacrinha, Pelé… que se tornaram conhecidos, sem nunca os termos visto pessoalmente".

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