Novo sedã da Chevrolet terá nome de carro fora de linha
CLAUDIO DE SOUZA
Editor de UOL Carros
Cresce cada vez mais a expectativa pela chegada das novidades que a General Motors/Chevrolet prometeu para este ano, fundamentais para iniciar a renovação de um dos portfólios mais antigos do mercado nacional (atenção: antigo não é igual a ruim).
O Cruze — barbada em todas as votações de carro do ano, anotem aí — é o mais esperado, mas um sedã menor, conhecido pela sigla GSV (de Global Small Vehicle, ou veículo global compacto), também deve desembarcar por aqui. O atento jornalista Marlos Ney Vidal, do site Autos Segredos, tem seguido as pistas sobre o novo modelo, e acaba de cravar uma informação muito interessante: no Brasil ele será vendido como Chevrolet Cobalt.
O nome, obviamente, significa "cobalto". Elemento químico de nº 27 da tabela periódica, é um metal de coloração azulada — talvez você já tenha ouvido alguém dizer que a cor de determinada coisa é "azul cobalto", assim como se diz azul marinho e azul celeste.
O cobalto também é usado em radioterapia, para tratamento de câncer.
Leia abaixo a curiosa etimologia da palavra, descrita pelo dicionário Houaiss:
al. Kobalt, var. de Kobold, "duende, demônio das minas"; quando os mineiros de Harz e Erzgebirge descobriram o metal, sentiram-se logrados, já que, além de não possuir o valor esperado, era nocivo à saúde e à prata, metal que ocorre junto com o cobalto; segundo a lenda, acreditavam os mineiros que um duende roubava a prata, deixando o cobalto em seu lugar.
Mas o mais peculiar de tudo que se refere ao GSV/Cobalt é o fato de que esse nome já foi usado e abandonado pela Chevrolet. O sedã Cobalt saiu de linha nos Estados Unidos em 2010, justamente para dar lugar ao Cruze. Teve vida muito curta, porque começou a ser vendido em 2005. Abaixo vai uma foto do modelo ianque; é fácil notar, em meio às linhas conservadoras que parecem estacionadas nos anos 1990, a semelhança com o Impala:
O extinto Cobalt dos EUA deu lugar ao (muito mais) moderno Cruze
O Cobalt brasileiro (lembrem-se: quem cravou o nome foi o Marlos) NÃO É O MESMO CARRO DOS EUA, e será fabricado sobre a plataforma do Opel Corsa europeu, o que explica os diversos exemplares desse modelo flagrados nas ruas e vistos intramuros na General Motors do Brasil. O motor seria de 1,4 litro, provavelmente num exercício de downsizing, já que o small dos outros é o medium nosso…
Um Opel Corsa suportamente em dependências da GM do Brasil: a base é ele
Outra vez segundo Marlos, é possível que o Cobalt não mate o Corsa Sedan, do mesmo modo que o Cruze só mataria as versões mais caras do Vectra — este manteria a Expression. Ou seja, é possível que a Chevrolet termine 2011 vendendo no Brasil nada menos do que NOVE sedãs: Classic, Prisma, Corsa Sedan, Cobalt, Astra (ainda fabricado, sim), Vectra, Cruze, Malibu e Omega. É mole?
PS — O jornalista Marlos Ney Vidal autorizou UOL Carros a reproduzir as informações de seu blog, e ainda prometeu nos ceder em segunda mão (em primeira, só no site dele) uma projeção atualizada do Cobalt verde-amarelo.
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