Land Rover quer ganhar mulheres com o Evoque
CLAUDIO DE SOUZA
Editor de UOL Carros, enviado especial
A Land Rover é uma das marcas de luxo que percebeu a necessidade premente de fazer um downsizing de tamanho, consumo e preço nos seus produtos. Vendedora de modelos off-road que misturam tradição (a rainha da Inglaterra que o diga), disposição 4×4 e alta tecnologia embarcada, apresentou no Salão de Paris seu menor carro — o Range Rover Evoque, praticamente idêntico ao recente conceito que o originou, o LRX.
Além de ser o menor carro da Land Rover até hoje, com 4,35 metros de comprimento, o Evoque é também seu primeiro modelo com tração em apenas duas rodas (dianteiras). Sim, haverá uma versão 4×4, mas a aposta de mercado é no custo reduzido do Evoque 4×2, que deve ficar em torno de 32 mil euros (R$ 73 mil).
Outro indício de que a ideia foi passar a tesoura no preço é a apresentação ao público, em primeiro lugar, da carroceria duas portas. A de quatro fica para depois (mas deve existir).
O Evoque e seu visual de "SUV cupê" de 2 portas: bacana, mas tente ir atrás…
Segundo analistas europeus, a Land Rover quer usar o Evoque para conquistar as mulheres: estima-se que 50% dos futuros proprietários sejam do sexo feminino. Talvez por isso o tenha batizado como um Range Rover, linha superior da empresa.
Cerca de 30% dos componentes do novo modelo são dividos com o Land Rover Freelander 2 (até agora o menor da marca), mas ainda não foi divulgado qual será o trem de força do Evoque. O carro começa a ser vendido na Europa em meados de 2011, e meses depois chega aos Estados Unidos.
O visual do Evoque é interessante: sobre imponentes rodas de 20 polegadas se sustentam linhas com alguns traços afilados (o conjunto óptico não é mais "quadradão", por exemplo), e a traseira encolhida sob o teto reto e praticamente paralelo ao solo levou alguns a chamarem-no "o primeiro SUV cupê".
Que seja — mas o fato é que, com duas portas apenas, é uma luta chegar aos assentos traseiros, porque o sistema de rebatimento dos dianteiros, manual, não os leva para a frente. É preciso deslizá-los com o comando elétrico para facilitar o acesso dos passageiros extras.
Uma vez no banco traseiro, a silhueta diferenciada do Evoque cobra seu preço: as janelas laterais são diminutas e ficam quase na altura dos ombros. E, com 1,71 metro, minha cabeça ficou a escassos três dedos de tocar o teto.
Foto: Claudio de Souza/UOL
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